Café de Agosto: Paixão de pai e filho

Café de Agosto: Paixão de pai e filho

Agosto foi o mês dos pais e para celebrar essa data especial, trouxemos o café do Paulo Roberto e do José Olavo. 

Nesse post você pode conferir um pouco da história dos produtores e características dos grãos produzidos por eles. 

“Pai e filho, Paulo Roberto e José Olavo são uma dupla com sintonia. Dividem atividades no cultivo de café e estão sempre alinhados. Trabalham juntos há seis anos e compartilham vitórias do grão cultivado com muito trabalho e cuidado. 

Segundo José Olavo, ele viu que o pai precisava de ajuda na lavoura, então saiu de São Paulo, onde morava na época, para trabalhar com o pai na fazenda, que fica em Garça (SP). A propriedade foi onde ele cresceu e tem as lembranças mais doces de sua infância. 

Depois de três anos trabalhando com o pai, percebeu que precisava saber mais sobre o café que era produzido por eles e descobriu que possuíam grãos classificados como especiais.

O processo nem sempre foi fácil. José Olavo teve que convencer seu pai de que esse seria o caminho certo para eles. Ele conta que teve que arriscar na primeira venda de seu café especial. Primeiro, contratou um especialista para avaliar os cafés, que foram pontuados acima de 80 (em uma escala que vai até 100). Vendeu os grãos e recebeu o valor do produto. Quando a transação foi bem sucedida, contou para o pai como tudo tinha acontecido. 

“Me lembro de contar como seria feita a venda e meu pai dizer que era inviável. Em seguida, disse: eu já fiz e mostrei a nota fiscal. Ele quase não acreditou. Não sabia se ele queria me matar ou me agradecer.”, brinca ele. 

O produtor diz que seu pai criou bases sólidas para que ele acreditasse no seu instinto, sempre mantendo os princípios que lhes foram ensinados principalmente com exemplos. “Meu pai sempre enraizou em mim e nos meus irmãos que não fazemos nada sozinhos, que tudo é construção e trabalho.”, afirma. 

José Olavo conta também sobre uma situação que aconteceu quando era mais jovem, quando ainda não trabalhava com o pai. “Me lembro de chegar na fazenda e passar com o carro em cima de uma muda de café. Meu pai ficou muito bravo e eu não conseguia entender, já que pra mim era “apenas uma muda”, até que ele me disse: isso não é um simples pé de café, isso é trabalho – para essa muda existir, muitas pessoas se empenharam e dedicaram tempo e cuidado aqui, então valorize o que foi construído. Essa lembrança me marcou para a vida. Carrego esse ensinamento para tudo que faço.”, conta.

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O café

Hoje, eles estão reformando a sede da fazenda em que a família cresceu para criarem novas histórias no local. “Decidimos que era a hora de reestruturar. Estamos criando um espaço para que consumidores dos nossos cafés possam visitar. Terá uma área que receberá mudas de cada uma dessas pessoas, com seus nomes e a data, para que um dia elas possam voltar e mostrar a seus filhos. Assim, além de criar nossas novas memórias, dividiremos também.”, finaliza.”

Pontuado em 83 pontos, em uma escala que vai até 100, o café de Paulo Roberto e José Olavo, produzido em uma altitude de 750 metros, em Garça (SP), tem processamento natural. O grão é o Novo Mundo e conta com acidez baixa, corpo aveludado e retrogosto prolongado. Nesse café você pode sentir notas de chocolate meio amargo, malte e cacau.

Para conhecer mais artistas do café e histórias que inspiram, sigam acompanhado a gente pelo site nosso site e redes sociais @ClubsmileCafes. Deixe o seu comentário <3

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