Rose e Leandro Gonçalves: uma história de trabalho duro e gratidão ao café
Celebrar as doces memórias de infância nesse mês de outubro é um convite para revivermos momentos através do café da Rose e do Leandro e sentirmos a nostalgia gostosa de tudo que já vivemos. Fomos “buscar” esses grãos mais que especiais no Sítio Santa Rita, na pacata cidade de Ibitiúra de Minas-MG, escondida entre as montanhas do Sul de Minas.
O casal Rose e Leandro Gonçalves são exemplo vivo de como um “sonho sonhado juntos” e o trabalho duro em busca de realizações constroem uma história de sucesso. Nas palavras deles, basta correr atrás dos sonhos com a mesma determinação que desejamos alcançá-los que “vai dar certo”!
A conexão com a terra nasceu com eles
Tudo começou quando Rose e Leandro se conheceram, ainda novos, casaram-se e começaram a trabalhar juntos como meeiros, na propriedade dos pais e avós de Rose. O dinheiro que conseguiram juntar nesse primeiro momento foi destinado a comprar o primeiro pedaço de terra do casal, na cidade de Santa Rita de Caldas, há 16 anos. Só nessa pequena passagem da história, vocês já podem perceber que ambos nasceram e cresceram em meio às plantações, apaixonados pelo cultivo da terra e, ainda mais, pelos grãos de café!
Mais tarde, com recursos oriundos mais uma vez da lavoura, eles conseguiram adquirir a propriedade atual, em que foi cultivado o café da curadoria Veroo de outubro. Além disso, há apenas 2 anos, eles subiram, tijolo por tijolo, a casa onde hoje moram com seus 2 filhos, Isabela e João Pedro. No entanto, não foi apenas a casa que mudou o cenário do lugar: eles transformaram um “nada” em belos cafezais cuidados com muito amor.
Há males que vêm para bem
No entanto, foi apenas recentemente que a história de Rose e Leandro com o café especial começou. E, se pudéssemos resumir esse começo em uma frase, ela seria: “há males que vêm para bem”. Desde quando se casaram até 2019, Rose ajudava Leandro em tudo que podia na roça. Porém, em um passeio de charrete, como já tinham feito diversos outros, houve um acidente em que ela se machucou de forma grave, tendo que passar por 2 cirurgias e sendo obrigada a se afastar do trabalho no campo.
Sua condição física depois do acidente não permitia que subisse e descesse ladeiras, o que tornava o serviço na roça quase impossível para Rose naquela região montanhosa. Apaixonada pela terra, a produtora sofreu muito. Como nos disse Leandro, “ela saía para apanhar café, mas não podia e até chorava”. Apesar de todo sofrimento, o casal agradece por estarem saudáveis e felizes.
Mas, afinal, qual foi o grande final feliz dessa história? Não podendo mais fazer o trabalho braçal no sítio, Rose começou a ir à Associação de Produtores de Ibitiúra de Minas e passou a ter contato com a degustação de cafés, o que a fez despertar para os sensoriais e os perfis de cada grão. Foi esse o pontapé inicial da história do casal no universo dos cafés especiais.
Sonhar alto e trabalhar duro
Aventurando-se ainda mais e procurando aumentar a qualidade do seu produto, Rose decidiu começar a mexer, recentemente, com a fermentação na pós-colheita. Mesmo não recebendo incentivo das pessoas ao redor, a produtora decidiu tentar e se surpreendeu ao receber inúmeros elogios e boas avaliações em sua primeira amostra de café fermentado. Como ela mesmo descreveu, é uma sensação “gratificante”.
Atualmente, Leandro fica mais na roça, enquanto Rose mexe mais no terreiro, na precificação e ajuda sempre como pode. Além disso, o casal mantém em seu sítio cerca de 1 hectare de mata fechada, preservando também as reservas, nascentes e o córrego que corta todo o terreno. É uma preocupação de ambos manter o solo e o ambiente o mais saudáveis possível, uma vez que o grande sonho da família é deixar um legado de imensa gratidão à terra e ao café por tudo que lhes permitiram conquistar na vida.
Diretamente do talhão do Catuaí Vermelho de incríveis 84 pontos, Rose e Leandro esperam que todos os assinantes da Veroo sintam o amor depositado em cada pé de café cultivado por eles. Conectar a Rose e o Leandro a cada um dos nossos consumidores conscientes não tem preço. Esse é o propósito da nossa comunidade. Por fim, colocar os pés na estrada foi mais uma vez extremamente prazeroso! Até a próxima…
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